JOSÉ SIMÕES – O teatro brasileiro perdeu ontem uma das suas principais referencias vivas da geração pós TBC. Todavia para quem trabalha e vive do teatro o partir, o vir, o nascer, o morrer estão sempre engendrados. Vive-se no teatro a presença. Sem passado ou futuro. Somos passageiros nesse ofício.
Quem se adentra no mundo do palco metaforicamente mergulha no escuro ou num precipício. Nele vida e morte fazem pouco sentido no tempo. O que importa é o espetáculo, razão de vida, o espaço vivido e usado naquele momento. Afinal o que se busca é sempre o poético e o vir a ser do homem.
O teatro é o local da redenção e queda do homem.
O palco do Teatro Anchieta – a casa de Antunes Filho – iluminado, cheio de emoções e afetos, na foto do querido Adolfo Mazzarini, é a síntese de uma vida dedicada ao teatro. O resto é silêncio.
Obrigado Antunes Filho. Obrigado.
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