FREDERICO MORIARTY – À margem esquerda, trago meus erros
À margem direita, a inquietude
Entre as duas, a água em que navega minh’alma
Ela flui indecisa, indelicada
Descontrolada
Arranca as pedras do meu coração
Lava as veias sujas que circulam
Jorra sem sentido
Como um touro ensandecido e machucado pelas espadas
Tenho comigo que jamais encontrarei o mar
Em que poderei despejar minhas dores
Meu sofrimento
Meu sentimento de incompreensão
Serei uma foz em serpentear
Um rio de desgosto
Que numa queda brutal de suas águas
Construirá, de força e tormento,
A Terceira Margem do renascimento.
(Frederico Moriarty, 14 de Setembro de 2019).
Muito bem m adorei!
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Obrigado Paulo!!!
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