JOSÉ SIMÕES (Blog do Simões) – Sorocaba não tem um teatro para chamar de seu.
O teatro Municipal Teôtonio Vilela (TMTV) é tudo menos uma referencia teatro para a cidade. Ele apenas se chama teatro mas, de fato, funciona como um auditório de festas – terceirizado para TODOS os tipos de atividades. Sim: todos em caixa alta. Isso porque com o tempo ele se tornou um espaço para qualquer coisa. Desde festas de entrega de certificados, escrituras, apresentações de empresas particulares, homenagens outras, formaturas de cursos e ate mesmo atividades artísticas.
Não há uma política destinada às artes da cena para o teatro municipal. O que temos, sim, é um edital de agendamento sem nenhum efetivo critério artístico e cultural. Quase um leilão. Isso não é política cultural e nem menos política artística para um município do porte como Sorocaba.
O que, então, se imagina para um Teatro Municipal?
Que em primeiro lugar ele integre uma política cultural e tenha uma programação. Atenção! programação é diferente de agenda. Que se divulgue com antecedência, por exemplo, no final do ano anterior (o nome disso é planejamento) qual a programação artística do referido equipamento cultural para o ano subsequente. Esta programação seria o espelho ou a visão da proposta cultural para as artes da cena do município.
Se existisse uma programação quem sabe aquele equipamento cultural não poderia desenvolver a formação de um público – amigos do teatro municipal – pessoas que certamente comprariam os ingressos antecipadamente da programação.
A programação proposta deveria estar alicerçada num plano com objetivos e metas. É básico para qualquer processo de gestão. Simples ? Não, não é nada simples. Isso porque é necessário conhecimento e transito do programador na área artística e cultural para se articular com produtores a agenda antecipada de um teatro. Temos profissionais das artes e da cultura na cidade de Sorocaba capazes de fazer isso. Mas, aviso, são bem poucos. Pois não se trata de uma ação entre amigos. A Cultura tem as suas especificidades e boa vontade não basta.
Assim, somente depois que a programação do teatro fosse devidamente publicada é que seriam liberadas as datas para a agenda do espaço para as demais atividades.
É preciso abordar a questão da gestão financeira do teatro. Como pode o teatro municipal carecer de recursos para investimentos com a taxa de ocupação elevada que ele tem? É preciso mudar o modo como estes recursos são geridos. Um teatro precisa de constantes investimentos e manutenção preventivas para evitar o que hoje acontece.
Como se pode resolver este nó? Não é fácil para o gestor. São muitos anos de situações acomodadas e alterar alguns costumes resulta em enormes dores de cabeça.
É imensamente triste ver o teatro fechado
O fechamento provisório do teatro municipal para uma reforma traz preocupações, principalmente, porque até o momento não se apresentaram os orçamentos e nem o que de fato será feito neste período/tempo (metas). Seria bom publicar no Diário do Município quais seriam as etapas e os prazos do que será feito neste equipamento cultural.
O pior é sentir nas conversas alhures na cidade que o fechamento do TMTV não fará diferença para a população.
Os fantasmas assombram. No caso me assombra esta situação do TMTV pois temos o exemplo recente na cidade, de um equipamento cultural que foi fechado para reforma que ficou sem orçamento e nunca mais voltou a funcionar – Oficina Cultural Grande Otelo.
Eu gostaria de ter cidade um teatro para chamar de seu.
Um não. Muitos! Precisamos de uma rede de teatros, com equipamentos adequados, conforto e segurança para a plateia.
O que falta?
Cada um responda como achar.
Apenas: não pode! Não pode!
Agua mole em pedra dura
Situação lamentável!
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Para começar o nome de um político alagoano, que sequer esteve em Sorocaba.
O Teatro Municipal de Sorocaba tem que levar o nome do Sorocabano Ademar Guerra, um dos maiores nomes do Teatro Brasileiro!
Silvio Rosa Santos Martins
Pesquidor da História de Sorocaba
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