“O que é pena é que neste areal da vida, onde cada um segue o seu caminho, não haja nem tolerância nem humildade para respeitar o norte que o vizinho escolheu.”
Miguel Torga (12/8/1907 – 17/2/1995)
Paulo Betti
Antes de vir para Portugal para uma turnê de três meses com minha peça “Autobiografia Autorizada”, resolvi me atracar com autores portugueses: Valter Hugo Mãe, Lobo Antunes, Ricardo Araujo Pereira, Isabela Figueiredo e o pungente “Luanda, Lisboa, Paraíso” de Djaimilia Pereira de Almeida.
Sem avisar, saltaram-me ao colo cinco Miguel Torga! Eu tinha, mas não havia lido.
Que escritor! E trabalhou em fazendas de Minas Gerais. Nos anos 1920, passou cinco anos, dos 13 aos 18 anos, trabalhando como vaqueiro e caçador de cobras! Então voltou a Portugal, onde desenvolveu uma brilhante carreira literária, tornando-se um dos mais importantes poetas e escritores da língua portuguesa do século 20. Não ganhou o Nobel. Injustiça. Viva Miguel Torga!
Leio seu conto (curto) “O alma grande” em toda parte, sempre que surge uma oportunidade! Em Lisboa, a leitura seguida de bate-papo ocorreu no dia 12 de fevereiro, na Mercearia do Campo. Proponho que leiam “O alma grande”. Tem na internet. Aqui vai um link:
Deixe uma resposta