Vamos criar uma REDE DE APOIO aos artistas da região metropolitana de Sorocaba

JOSÉ SIMÕES – Diante da pandemia causada pelo vírus Corona – COVID-19 – uma das soluções propostas como necessária para o enfrentamento é o isolamento social, portanto,  a quarentena. Evitar o contágio. Os primeiros locais fechados e que tiveram as suas funções suspensas sem pestanejar foram os espaços culturais: teatros, galerias, museus, circos e demais atividades envolvendo os artistas e as artes. Na sequência a publicidade está interrompendo gravações, filmes, etc A rede Globo de televisão, de modo inédito, também interrompeu a gravação de suas novelas. É grave. Diante do vivido este momento pede que as palavras solidariedade, generosidade, responsabilidade e empatia ganhem destaque no  vocabulário e nas nossas ações.

SOLIDARIEDADE. Precisamos ajudar aos artistas da  região metropolitana de Sorocaba que interromperam as suas atividades à pagarem as  contas, comprar comida e medicamentos. Oferecer a eles condições mínimas de sobrevivência. Uma vez que o seu ganha pão –  o público – está ausente. Os artistas estão impedidos de trabalhar neste momento. É preciso oferecer-lhes ajuda. Como: Por exemplo:

1)  se puder antecipar o cachê de uma apresentação (ele a realizará quando a crise passar);

2) Não peça o reembolso de um espetáculo adiado. Adie o seu reembolso para outro momento.

3) Discuta com os artistas como pagar pelas aulas e cursos que não acontecerão (não os deixe na mão);

4) Prefeitura municipal de Sorocaba abra imediatamente a nova LINC para que os artista possam nesse período elaborarem seus projetos;

5) Prefeitura lance um plano de contratação de oficinas ( semelhante ao que fez no carnaval) para o segundo semestre – aniversário da cidade- com pagamento da primeira parcela do trabalho -50% –  no momento que assinar o contrato.

GENEROSIDADE – As obras dos artistas serão as nossas companheiras neste isolamento. Por exemplo: as músicas serão importante para nos manter de algum modo afetados emocionalmente e amorosamente. As imagens, os poemas, os filmes todos produtos feitos por artistas serão os responsáveis por não deixar tão dura  a realidade. Não é à toa que cantamos e entoamos musicas nos momentos difíceis. Eis a generosidade dos artistas para a humanidade – as suas obras.

RESPONSABILIDADE – a palavra de ordem é o isolamento social. Sim. É duro. É grave. A economia irá parar? Sim! Muitos podem quebrar? Sim! Mas se espera que com isso, após passar o forte impacto, todos estes estejam vivos para recomeçar. Nunca foi fácil para quem tem um negócio próprio. Os artistas sabem disso. Cada um de nós artistas somos “donos do nosso próprio negocio”. Sabemos o que é ter altos e baixos todos os meses. Se a palavra da moda é empreendedorismo nós já fazemos isso desde a Idade Média com as companhias mambembes de cidade em cidade. De modo responsável a maioria dos artistas fecharam as suas portas e os seus negócios. Estamos juntos.

EMPATIA – Tenho a impressão que muitas vezes amamos e gostamos mais das obras dos artistas do que dos artistas. Culturalmente parece ser comum esquecermos daqueles que produzem todas as obras – os artistas. Não sabemos o nome do ator ou da atriz que interpreta aquele papel no teatro ou na novela. Não lembramos o nome do compositor daquela música e assim por diante. É como se não nos importássemos com os artistas e supuséssemos que as obras artísticas surgem do nada. É preciso conhecer os artistas e termos empatia por eles.  Vamos procurar sentir o que sentem os artistas?

Os dias não estão sendo fáceis.

Vergamos mas não quebramos.

Vamos para cima e buscar soluções possíveis. Uma ideia aqui, outra acolá. Juntos!

A REDE TEATRO –  a partir de uma publicação do artista Ale Malhone – começou no dia hoje a elaborar um formulário para identificar os artistas das artes cênicas da REDE TEATRO que estão em situação de risco e partir desta analise propor as ações.

Ontem na rede social o musico Barba Marques, também, propôs algo no mesmo sentido para os artistas músicos.

Vamos precisar de todos.

Ninguém larga MESMO a mão de ninguém

Juntos vamos passar por esta crise, sem precedentes na história mundial, com poucas baixas, de cabeça erguida e ombro a ombro.