FREDERICO MORIARTY - A comédia de erros iniciou-se aqui: Jonathan Kent tasca um beijo sexualmente ardente em Nakamura... Perceberam o primeiro equívoco? A identidade secreta do Superómi é Clark Kent, não Jonathan. A indignação seletiva e homofóbica do jogador de volêi Mauricio Sousa e outros tantos milhões de brasileiros preconceituosos é, antes de tudo, desconectada... Continuar Lendo →
Se todos soubessem colorir: crônica em áudio
LUIZ PIEROTTTI - Dizia Santo Agostinho que "na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos" Mas o que, de fato, é essa diferença e por que devemos a respeitar? Respeitar já não é, em si, a conclusão da convivência com algo que não nos é emocionalmente próximo? Quando pensamos em pessoas, origens, características, pluralidades, por... Continuar Lendo →
Sobre o sequestro criativo: uma alegoria pré-combinada
LUIZ PIEROTTI - Nesse texto, proponho uma clara metáfora. Uma figuração previamente acertada porque, em vias de fato (e excesso de tempo), a pena me anda estranha e não me sinto na capacidade de bolar alegorias claras e performáticas. Falarei sobre amor, afeto e vida, mas em seu lugar, nos pixels que lhes tomarão espaço,... Continuar Lendo →
Inteira felicidade
DAVI DEAMATIS (Blogueiro convidado) -
Carta à M.
DAVI DEAMATIS (Blogueiro convidado) - E eu, que já me achava à porta do céu, fui salvo pelo meu anjo da guarda. Em vez de me pôr em órbita celeste, arrancou ele o brilho de duas estrelas e o deu aos meus olhos para que eu tornasse a ver o brilho dos seus; e abriu os meus ouvidos para que eu voltasse a escutar o sopro harmônico de sua voz.
Como destruir um relacionamento quase perfeito com uma pergunta
JOSÉ CARLOS FINEIS (Blog Conversa de Armazém) - Raíssa era tão linda quanto insegura. Vivia a testar André, o namorado, com dúvidas que haviam se tornado como que um joguinho para o casal. – E se eu fosse atropelada e tivesse que amputar as pernas, bem aqui, no alto das coxas: você ainda me amaria?
E, no entanto, meu coração era um jardim
DAVI DEAMATIS (Blogueiro convidado) - O domingo estava levemente frio e a brisa tocava com afeto o cabelo loiro de I., da universalmente linda I., que caminhava com aqueles passos macios, felizes, preenchendo o vazio do mundo com sua graça e seu perfume.
Triumpus Cupidinis
LUIZ PIEROTTI (Blog Máquina do Mundo) - Para mim, o amor é uma tarde de outono, de céu azul, sol frio e passos alheios entre folhas secas que dançam pela calçada. Para mim, o amor é a textura do moletom sobre a pele, o cabelo despenteado, a manhã que, acompanhada pelo bocejo dos pássaros, preenche o espaço com uma aquarela perfeita. É o óculos que embaça no primeiro gole de café. As vezes, ele – o Amor – toma forma, tal qual um deus grego que prega peças entre os finitos.
Eu te liberto da obrigação de me amar
JOSÉ CARLOS FINEIS (Blog Conversa de Armazém) - És livre para não me amar, mesmo tendo eu amado/ Com todas as células de meu corpo e mente e sonhos/ Se sentes gratidão, dá-me um muito obrigado/ Ou um aceno de mão; estará de bom tamanho
O sobrinho do presidente
RUBENS NOGUEIRA (Blog Antes que me Esqueça) - Aquele pessoal de Sorocaba – amigos sim, mas descrentes do que seria a vida do aventuroso companheiro, colega da escola e das algazarras do dia a dia, em uma cidade que tinha, na época, uns 40 mil habitantes – tentava dissuadir o colega de uma decisão que tinha tudo para dar errado, e o fiasco iria ser ruim para ele. Difícil não dar razão a eles, mas eu estava determinado a morrer em água grande.
Noturno em Catanduva
RUBENS NOGUEIRA (Antes que me Esqueça) - Ele cuidou dos documentos para que a viagem não exigisse dinheiro: o passe de um aposentado. Naqueles tempos os ferroviários e parentes podiam viajar de graça até morrerem. Ele ficou com o documento certo. O meu era uma cópia falsificada.
Sem retorno
JOSÉ CARLOS FINEIS (Blog Conversa de Armazém) - A campainha que ficara silenciosa durante quase três meses soou como um eco de tempos felizes no apartamento de quarto (que servia também de sala), cozinha e banheiro. Elisa sabia que era ele, o louco. Vinha, conforme suas palavras, apenas “olhar para ela e conversar sem tocar em nada”, a distância segura. Talvez tomar um café, desde que ela entendesse que isso não a poria em risco. Afinal, ele a amava e, se ela consentisse, queria passar um quarto de hora em sua companhia, para matar a saudade.
Eu criei o “Tico” e acabei com a tristeza do meu filho
LUCY DE MIGUEL -- Não há dúvida de que a maternidade venha rodeada de incertezas, inseguranças, muitas noites mal dormidas (e quando “não-dormidas”), mas também nos desperta habilidades inimagináveis, exigindo toda a nossa criatividade e muito amor no coração. Acho que isso é o que chamam de "instinto materno". Posso dizer que tive incontáveis e... Continuar Lendo →